Este metal de transição faz parte do grupo dos elementos terras raras, podemos citar também que é composto por 7 isótopos. Da mesma forma, o disprósio é um metalóide que não se encontra isolado na terra, mas sim com outros lantanídeos existentes. As principais características, propriedades e utilizações são descritas a seguir.
O que é disprósio?
É um metal de cor prateada metálica brilhante, pode ser armazenado em temperatura ambiente, mas se dissolve sem dificuldade em ácidos minerais. Da mesma forma, sua estrutura solta permite seu manuseio sem gerar faíscas ao utilizar um processador.
Símbolo de disprósio
Dy Seu nome vem do grego disprósitos, cujo significado é de difícil compreensão. Isso se deve ao rigoroso processo envolvido na extração do referido metalóide, uma vez que uma série de produtos químicos devem ser utilizados para sua dissolução.
Características do disprósio
Seu número atômico na tabela periódica é 66 e todos os seus compostos são paramagnéticos. Estes incluem iodeto, brometo, cloreto e flúor. Além disso, possui outras características notáveis:
- Condição: Forte, mas fácil de cortar.
- Cor: Branco prateado.
- Sabor e cheiro: Odor desagradável e leve.
- Solubilidade: É solúvel em ácidos minerais.
- Toxicidade: Leve. Se não for manuseado adequadamente, pode ser tóxico.
- Reatividade: É reativo em altas temperaturas.
- Estrutura: Pó, feito de areia rara.
- Composição: Consiste em 56 elétrons distribuídos em camadas de 6.
Propriedades químicas e físicas do disprósio
- Número atômico: 66
- Período: 6
- Bloco: F
- Grupo: 3
- Densidade: 8551 kg/m³
- Raio atômico: 228 pm
- Raio médio: 175h
- Calor específico: 170 J/(kg K)
- Configuração eletrônica: [Xe] 4f 10 6s 2
- Massa atômica (g/mol) : 162.500(1)u
- Ponto de ebulição: 2840 K (2207 °C)
- Ponto de fusão: 1680 K (1407 °C)
- Elétrons por camada: 2, 8, 18, 28, 8, 2.
- Eletronegatividade: 1,22 (Pauling)
- Estado de oxidação: 3 (base baixa)
- Primeiro potencial de ionização eV: 573,0 kJ/mol
- Condutividade térmica: 10,7 W/(m*K)20.
- Condutividade elétrica: 1,08 × 106 m-1 Ω-1
Origem do disprósio
Foi descoberto em 1886 pelo químico francês Paul Émile Lecoq de Boisbaudran. Um dia, enquanto manipulava o óxido de hólmio, conseguiu obter o óxido de disprósio dissolvendo-o num ácido e adicionando amônia.
Porém, conta-se que foi na 30ª tentativa que este famoso químico conseguiu obter o Disprósio, mais distintamente dos restantes elementos em que esteve imerso. No entanto, foi em 1950 que o profissional Frank Spedding, da Universidade Estadual de Iowa, conseguiu encontrá-lo puro usando técnicas de troca ionizada.
Para que é utilizado o Disprósio?
É muito utilizado com outros elementos como o Vanádio, como recurso em componentes de laser, devido à sua ação de filtragem de nêutrons térmicos. Também é valioso na produção de barras de controle nuclear, devido à sua capacidade de fusão. Outro uso comum é na fabricação de CDs, lâmpadas, televisores e vidrarias.
Por outro lado, é utilizado no desenvolvimento de hastes de controle para reatores nucleares, pois, ao misturar níquel com esse elemento, elas não se expandem nem se contraem sob bombardeio. Além disso, é utilizado no estudo de reações químicas porque, junto com o cádmio, provoca irradiação infravermelha.
Os efeitos negativos do disprósio na saúde
É conhecido como um elemento raro encontrado naturalmente em pequenas quantidades. Porém, com o passar dos anos seu uso tornou-se muito comum em trabalhos específicos de polimento de cristais, como no desenvolvimento de catalisadores. Por isso, seu efeito negativo está presente em ambientes onde é utilizado com frequência. Desde então, sua presença excessiva pode representar um perigo para o fígado, criando depósitos no corpo, bem como causando embolias pulmonares.
Efeitos do disprósio no meio ambiente
Às vezes, o meio ambiente recebe resíduos desse metal quando ele é utilizado na fabricação de aparelhos e na indústria petrolífera. Da mesma forma, pode ser recebido no solo quando os dispositivos que o contêm são descartados.
Quando esse tipo de acúmulo de disprósio ocorre no meio ambiente, é prejudicial a todos os seres vivos e até mesmo à terra. No caso das espécies marinhas, isso danifica suas membranas celulares e, portanto, afeta o sistema nervoso em geral e até mesmo a reprodução efetiva desses animais.
Por fim, o disprósio é um elemento interessante utilizado na fabricação de vidros, televisores e lâmpadas. É raro na natureza, mas deve ser utilizado com responsabilidade, caso contrário é tóxico quando combinado com gases e umidade.